Venha celebrar o saber ancestral das benzedeiras na Exposição “Bença a Benza” no Sesc Mercado das Flores
Desde 19 de outubro de 2025, o Centro de Atendimento ao Turista – Sesc Mercado das Flores recebe a exposição de artes visuais “Bença a Benza”, uma homenagem às benzedeiras que mantêm viva a tradição do benzimento em Belo Horizonte.
A mostra é resultado de estudos, mapeamento e registro sobre o ofício dessas mulheres que atuam em seus territórios, conectando o público às culturas tradicionais e orais da cidade.
A exposição apresenta seis imagens, que estarão em exibição até 23 de fevereiro de 2026, no Sesc CAT – Mercado das Flores (Av. Afonso Pena, 1.055 – Centro).
Além dos painéis, o espaço contará com uma programação dividida em três atos temáticos (Linguagem, Cura e Fé) que propõem reflexões e vivências sobre os saberes ancestrais, a oralidade, o uso de plantas medicinais, além do sincretismo religioso como forma de cuidado e resistência comunitária.
Confira a programação:
- Ato I: Linguagem | Palavra e Identidade
Qual a linguagem do benzimento? Como ela atravessa o tempo, os corpos e as memórias? Neste ato, refletimos sobre a oralidade como forma de manter vivos os saberes.
- 29/11 (sábado), 14h: Contação de história infantil, com Magna Oliveira (livre)
- Ato II: Cura | Plantas e Saúde
O saber das plantas é antigo e sagrado. Ele vem dos povos originários, dos saberes católicos e da África, que cultivam o cuidado com o corpo e o espírito. Este ato propõe uma escuta atenta à natureza, entendendo as ervas como aliadas no acesso popular à saúde e ao bem-estar.
- 13/12 (sábado), 10h: Oficina de Aquarela Botânica, com Nath Falagan (inscrições pela Sympla)
- 10/1/26 (sábado), 10h: Caminhada no Parque Municipal + conversa, com Mãe Josi (livre)
- 24/1 (sábado), 10h e 14h: Oficina infantil com Âmyà: caminhada e modelagem em argila (inscrições pela Sympla)
- Ato III: Fé | Cuidado e Comunidade
Benzer é mais do que um gesto, é ação de fé e partilha. Neste ato, o cuidado com a outra pessoa se revela como princípio. Trocamos saberes, histórias e experiências de fé, entendendo o sincretismo como ponte de afeto e resistência comunitária.
- 31/1 (sábado), 14h: Formação sobre Memória Coletiva e Comunidades Tradicionais, com Letícia Reis (livre)
- 7/2 (sábado), 10h e 14h: Visita mediada + Oficina de Stencil, com Isa Mariah (inscrições pela Sympla)
A exposição e a programação buscam valorizar o protagonismo das benzedeiras, aproximando o público de práticas que fazem parte da identidade social brasileira, muitas vezes envoltas em tabus, especialmente entre gerações mais antigas.